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05 julho 2025, 12:00
Sheila Pires - África do Sul
P. Cachingona destacou que os temas debatidos se alinham profundamente com os princípios da Doutrina Social da Igreja, especialmente no que diz respeito à justiça, solidariedade, equidade e à sustentabilidade — valores cada vez no centro da reflexão social e pastoral contemporânea.
“Este simpósio insere-se nos clamores do nosso tempo. A África precisa apresentar as suas prioridades e deixar de ser apenas subordinada às decisões das potências mundiais” - afirmou o P. Cachingona.
Entre as principais preocupações levantadas pelo sacerdote está o pedido a favor do cancelamento da dívida ecológica. Ele sublinha que o continente africano, embora seja aquele que menos contribui para a degradação ambiental, sofre desproporcionalmente os efeitos da crise climática. “Não é justo que a África pague por aquilo que em nada contribuiu. Os ciclones, as secas, os desastres ambientais estão a destruir comunidades inteiras” - alertou.
O P. Cachingona também abordou o legado colonial e o seu impacto negativo no desenvolvimento da África, defendendo que esta é uma oportunidade para exigir reparações históricas e uma representação real e ativa no cenário internacional. Com a África do Sul atualmente na presidência do G20, segundo ele, é hora de o continente se afirmar como voz legítima nos debates globais.
Acerca da Declaração da Cidade do Cabo sobre Justiça Global e Solidariedade, assinada no final do Simpósio, o P. Cachingona afirmou que, “O documento está em sintonia com o que foi discutido. Reflete a voz real e urgente da África diante das adversidades que enfrentamos. Se for levado a sério nas instâncias de decisão, poderá gerar impactos positivos para o nosso futuro.”
A declaração, assinada por representantes da Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal da Africa Austral (SACBC), comunidades religiosas, academia, sociedade civil, representantes do Governo sul-africano e instituições multilaterais, exige reformas estruturais nos sistemas financeiro e de governança global. Entre os compromissos propostos, destacam-se:
A Declaração será apresentada à União Africana, à presidência sul-africana do G20, às Nações Unidas e ao Vaticano. Ela afirma que soluções técnicas não são suficientes — é necessária uma renovada responsabilidade moral global. Para o P. Cachingona, trata-se de “uma voz autorizada que pode orientar os destinos da África nos tempos vindouros”.
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